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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Participantes de audiência defendem duplicação de BR-163 e escoamento de produção pelo norte

OS MELHORES FRETES, LIVRE DE AGENCIADORES

Uma das soluções para os problemas logísticos enfrentados por Mato Grosso passa pelos portos da região Norte. Para isso, no entanto, é preciso melhorar a malha viária que corta o estado, como os corredores das BRs 163 e 364, disseram os participantes de uma audiência pública sobre o tema nesta segunda-feira (7), em Cuiabá.
Marcos Lopes/ALMT
Presidida pelo senador Wellington Fagundes (PR-MT), a reunião foi realizada pelas Comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e Senado do Futuro (CSF), em parceria com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
— A questão é estratégica, mas não se trata só de produção agrícola, mas de segurança para a população. A ineficiência do transporte custa ao Brasil 6% do PIB por ano. Mato Grosso tem maior custo de frete do país. Uma das alternativas é o Arco Norte, onde os produtos podem ser escoados em portos como Itaqui, no Maranhão, e Miritituba, no Pará — defendeu Fagundes.
O diretor do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, afirmou que a safra de milho e soja do Mato Grosso crescem a cada ano e o estado ainda tem 15 milhões de hectares que podem ser incorporados à agricultura. No entanto, continuou, o aumento da produção está atrelado a questões logísticas.
O superintendente estadual do Dnit, Orlando Machado, admitiu que Mato Grosso tem um débito histórico no que diz respeito à conservação de pavimentos das rodovias; entretanto, a situação tem melhorado nos últimos anos, garantiu.
— Hoje, quando se leva em conta a condição de pavimento, Mato Grosso está em 8º lugar num ranking do Dnit. Em 2001, 52% da malha viária era considerada de má qualidade e só 4% estavam em boas condições. Hoje temos um índice de 60% bom e apenas 19% ruim — declarou.

Cooperação

Antes do evento, houve a assinatura de acordos de cooperação técnica entre o Dnit e a prefeitura de Cuiabá e a Associação Matogrossense dos Municípios relativos à duplicação da BR-163, trecho entre a capital e Serra de São Vicente.
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, disse que por muitos anos a população vem convivendo com os perigos oferecidos pelas BRs 364 e 163. Segundo ele, o poder público municipal não poderia ficar ausente ou omisso diante de obras tão relevantes, daí a importância da assinatura dos acordos.
— Não vamos atravancar o desenvolvimento da capital, mas é preciso ação coordenada com outros órgãos federais e estaduais. São obras que impactam diretamente o conforto e a qualidade de vida dos cuiabanos — afirmou.

Visitas

Pela manhã, os participantes da audiência visitaram a obra viária do contorno Norte de Cuiabá, de responsabilidade do Dnit. À tarde, houve uma visita às obras de duplicação da BR-163 entre Cuiabá e Serra de São Vicente.
A BR-163 tem quase 3.500 km e cruza os estados do Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ainda há trechos não pavimentados, bem como outros entregues a iniciativa privada, que é responsável pela duplicação. No Mato Grosso, a concessionária Roda do Oeste é responsável por 850 quilômetros da via.
Fonte: Agência Senado

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