Nesta terça-feira (8), o preço da saca do milho negociada no Porto de Paranaguá subiu 2,94% e terminou o dia a R$ 35,00. Apesar da baixa movimentação registrada no mercado internacional, a cotação acabou encontrando suporte na forte valorização observada no câmbio. A moeda norte-americana fechou a R$ 3,8100 na venda, com alta de 1,36%.
Por sua vez, o câmbio refletiu o ambiente de aversão ao risco nos mercados internacionais frente aos dados mais fracos sobre a economia da China, conforme informações reportadas pela agência Reuters. Além disso, o recuo dos preços do petróleo também contribuiu para impulsionar o dólar.
Ainda essa semana, o Cepea informou que as cotações do milho voltaram a subir no mercado interno alavancadas pelos bons dados das exportações. Os embarques seguem em bom ritmo e acabam elevando os valores praticados nos portos do país e, consequentemente, influenciam a alta nos preços no interior do país.
Em relação às exportações, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) reportou que, nos primeiros quatro dias de dezembro, o país embarcou 1.107,4 milhões de toneladas do grão. A média diária ficou em 276,9 mil toneladas, o número representa uma alta de 16,4% em comparação com o mês anterior, no qual, a média ficou em 237,9 mil toneladas. Já em relação à 2014, o ganho é mais expressivo, de 78,9%.
No mesmo período, os embarques do grão renderam ao Brasil uma receita de US$ 182,9 milhões, com média diária de US$ 45,7 milhões. Em novembro, foram embarcadas 4,75 milhões de toneladas, com média diária de 237,9 mil toneladas, ainda de acordo com dados da secretaria.
Até o momento, desde fevereiro até dezembro, contabilizando o volume e exportado e as nomeações, os analistas destacam que o volume comprometido chega a 30,5 milhões de toneladas. E que até janeiro/16, quando terminada a temporada, o país teria potencial para alcançar as 34 milhões de toneladas. O recorde do Brasil foi atingido no ano de 2013, com o embarque de 26.610,206 milhões de toneladas.
Apesar da sustentação dos preços no mercado interno, o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, ressalta que os negócios caminham de maneira lenta. "Para a safrinha, já temos mais de 50% da produção estimada comercializada. Então, os produtores pararam de negociar e esperam o andamento do plantio da soja", explica.
Fonte: Notícias Agrícolas
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